As origens filosóficas da economia austríaca – David Gordon[PDF]
A Escola Austríaca de Economia surgiu em oposição à Escola Histórica Alemã; e Carl Menger desenvolveu suas visões metodológicas em combate com o grupo rival. Gordon discute as doutrinas filosóficas da Escola Histórica e examina algumas das influências filosóficas sobre os fundadores da Escola Austríaca.
Esta monografia foi preparada a partir da transcrição de uma palestra do Dr. Gordon no programa de verão da Mises University na Stanford University em 1994. O estilo informal de uma apresentação oral foi mantido aqui. O texto foi editado, expandido e ligeiramente documentado.
INTRODUÇÃO
A Escola Austríaca de Economia surgiu em oposição à Escola Histórica Alemã; e Carl Menger desenvolveu suas visões metodológicas em combate com o grupo rival. Portanto, desejo primeiro discutir as doutrinas filosóficas da Escola Histórica, pois isso aprofundará nossa compreensão da posição contrastante da Áustria.
A seguir, examinarei algumas das influências filosóficas sobre os fundadores da Escola Austríaca, em particular Franz Brentano e seus seguidores. Brentano foi o principal filósofo austríaco do final do século XIX. Ele defendia um retorno a Aristóteles, e devo enfatizar as raízes aristotélicas da Escola Austríaca.
Eugen Böhm-Bawerk, a segunda grande figura da Escola Austríaca depois de Menger, foi influenciado por uma escola de filosofia bem diferente, os nominalistas. Examinarei brevemente sua ênfase na clareza conceitual.
Ludwig von Mises, o maior economista austríaco do século XX, viu-se alvo de ataques filosóficos. O movimento positivista lógico sujeitou sua abordagem dedutiva ou praxeológica a um escrutínio severo. Os filósofos do Círculo de Viena argumentaram que a ciência era empírica. A dedução não pode nos dar novos conhecimentos sobre o mundo, sem o uso de premissas não dedutivas. Vamos examinar a força da crítica positivista.
Antes de começar a discussão sobre os austríacos, acho essencial observar que na história intelectual é normalmente muito difícil estabelecer quem influenciou um autor em particular. Muitas vezes podemos mostrar paralelos entre as doutrinas, mas, exceto em casos especiais, geralmente não se pode obter mais do que uma hipótese sugestiva. Se um autor afirma diretamente que foi influenciado por alguém, é claro que alguém pode ir além da suposição; mas, infelizmente, os pensadores que temos aqui a considerar raramente foram explícitos sobre suas fontes intelectuais. O relato apresentado abaixo aspira, no máximo, à plausibilidade. Nenhuma interpretação histórica é apodicticamente verdadeira.
[continua em As origens filosóficas da economia austríaca – A Escola Histórica Alemã (DAVID GORDON)]
